Se o Polo Rio Cine e Vídeo, na Barra da Tijuca, fosse um filme,
seria uma obra em aberto. No começo do seu funcionamento, no início dos
anos 90, imaginava-se que o polo viraria uma grande cidade
cinematográfica, uma Hollywood brasileira, cercada por empresas
prestadoras de serviços do setor de audiovisual. Mas, passados mais de
20 anos, os estúdios mantêm a estrutura original (pelo menos um continua
inacabado), a expansão do complexo não foi para frente e a área das
empresas associadas abriga prédios e terrenos vazios. Por outro
lado, em épocas de pico de produções, há fila para utilização dos
estúdios do polo, o principal do Rio e fruto de uma parceria entre o
poder público e a iniciativa privada. A área dos estúdios é pública, mas
sempre foi administrada pela Associação das Empresas do Polo. O
contrato vigente com a prefeitura, que expirou em março, é de locação: o
grupo, sem fins lucrativos, paga R$ 17 mil por mês ao município e
subloca os estúdios para produções privadas. O secretário municipal de Cultura, Sérgio Sá Leitão, promete agora um
“ponto de virada” na história do polo. Ele adianta que a prefeitura
lançará, até junho, o edital para licitação do complexo de salas, que
passará a ser gerido por regime de concessão. Quem ganhar a concorrência
terá que construir mais seis estúdios e modernizar os existentes até as
Olimpíadas de 2016.
Fonte - Jornal O Globo
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