O primeiro sinal de que o Complexo do Alemão virou mesmo atração
turística é dado pela criançada que se instalou na porta da Estação
Palmeiras, a última do teleférico que perpassa o conjunto de favelas.
Cada visitante é cercado por meninos descalços oferecendo água
gelada a R$ 2 a garrafinha. Alguns também pedem dinheiro. Se o turista é
gringo, Juan Rocha, de 11 anos, responde logo com um “muchas gracias”
ou “thank you”. Juan e o resto da garotada já perceberam um fenômeno que
os números ajudam a provar: a SuperVia calcula que, diariamente, sobem
pelo teleférico uma média de 12 mil pessoas, sendo que nos fins de
semana 60% desse número são visitantes, que pagam uma tarifa
diferenciada (R$ 5). Fazendo a conta, dá mais de 7 mil pessoas passeando
pelas gôndolas do sistema. O número já coloca o teleférico na lista dos
pontos mais badalados do turismo carioca: o Pão de Açúcar recebe, nesta
época do ano, de 5 mil a 6 mil pessoas nos fins de semana, enquanto o
Cristo Redentor atrai cerca de 4.500 ao dia. Por R$ 5 (ou R$ 10,
ida e volta), todo mundo que não é cadastrado pela SuperVia como morador
ou trabalhador do Complexo do Alemão pode usar o teleférico. Mas, se o
visitante tiver Riocard, Bilhete Único ou Cartão Expresso, paga apenas
R$ 1. Neste caso, ele não entra nas estatísticas da SuperVia como
turista.
Fonte - Jornal O Globo
Nenhum comentário:
Postar um comentário