Primeira via expressa em construção no Rio depois da Linha Amarela — inaugurada há 18 anos —, a Transolímpica não vai só beneficiar os bairros cortados por ela. É também esperança para desafogar o BRT Transoeste, que recebe 184 mil passageiros por dia. Com uma faixa exclusiva para ônibus articulados e duas para carros entre o Recreio e Deodoro, em cada sentido, o corredor atingiu a marca de 65% das obras executadas esta semana. Para a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR), os moradores de bairros entre Bangu e Campo Grande, que trabalham no Recreio e na Barra, deverão utilizar o novo BRT, tirando a sobrecarga existente hoje na Estação Mato Alto, do Transoeste. Para isso, eles poderão fazer conexão entre as linhas de ônibus comuns e os serviços da Transolímpica nos futuros terminais de Sulacap ou de Deodoro. O presidente do consórcio operador do BRT, Jorge Dias, também acredita que o ajuste de demandas será uma consequência positiva da Transolímpica. Ainda não há uma estimativa precisa de quanto poderá ser a redução do fluxo no Mato Alto, que recebe 14 mil passageiros por dia. “Esse corredor tem um caráter estratégico muito importante, porque vai ser o primeiro a integrar com os dois já existentes (Transoeste e Transcarioca), aumentando as opções dos passageiros seja nos transbordos ou até mesmo para se criar serviços que saiam de um corredor e entrem em outro”, afirma. O BRT Transolímpica terá mais dois terminais (um nas Avenidas Salvador Allende e Abelardo Bueno e outro na Avenida das Américas — Recreio) e 18 estações. A prefeitura estima que o tempo de viagem entre Deodoro e Recreio será reduzido de 1h30 para 40 minutos, beneficiando 70 mil passageiros por dia. Serão 25 km de extensão. Como o projeto é feito em Parceria Público-Privada, haverá pedágio para carros, que deve ter como parâmetro o da Linha Amarela.
Fonte - Jornal O Dia
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