Obras inacabadas, chuva insistente, um engarrafamento messiânico e shows simultâneos de Wesley Safadão e Simply Red. Nenhum desses obstáculos foi páreo para a multidão que lotou nesta quinta-feira (17) a HSBC Arena do Rio de Janeiro, na Barra da Tijuca, para ver o início da nova passagem do Iron Maiden pelo Brasil. Desta vez, a banda, que não passava pela capital fluminense desde 2013, divulga o 16º álbum de estúdio, "The Book of Souls", lançado em setembro do ano passado. Aclamado como um clássico recente, o disco reúne o melhor do Iron Maiden, aproximando-se perigosamente dos limites do autoplágio. Há ecos da era mais popular do grupo, na primeira metade dos anos 1980, e de grandes momentos da fase atual do sexteto, iniciada na reunião com o vocalista Bruce Dickinson no ano 2000. Não que isso seja um problema. Para a fiel e apaixonada plateia do Maiden, fundador de um estilo único de metal épico, agressivo e voluptuosamente teatral, o motivo de tanta adoração é justamente esse: a certeza de que o grupo, formado pelo baixista Steve Harris há 40 anos, jamais a decepcionará. Nesta turnê, a participação de Eddie, mascote da banda, é discreta. No palco, ele surge apenas em uma breve aparição durante a cerimoniosa "The Book of Souls", que vai das costumeiras estripulias com Janick Gers a uma conclusão dramática no qual Dickinson atira o coração de Eddie à plateia sedenta. A força do repertório antigo do grupo deu as caras com uma versão inspirada de "Children of the Damned", extraída de "The Number of the Beast". Ao fim da música, Dickinson olhou encantando para a plateia que cobria todos os setores do ginásio com braços erguidos e camisetas pretas. "Depois de percorrer a América do Sul, finalmente chegamos ao evento principal: Brasil!", exaltou.
Fonte - UOL
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