Os cariocas estão prestes a redescobrir uma paisagem à beira-mar que, por 252 anos, ficou restrita à Marinha, na área do I Distrito Naval. Das imediações da Candelária à Praça Mauá, às margens da Baía de Guanabara, contornando o Morro de São Bento, o trecho de orla vai ganhar calçadão e jardins, integrando a nova frente marítima do Centro — um caminho contínuo de 3,5 quilômetros, do Museu Histórico Nacional ao futuro boulevard da Zona Portuária. O passeio como um todo será concluído em 2016, antes das Olimpíadas. Até o fim deste ano, porém, os cerca de 600 metros hoje só acessíveis aos militares e seus convidados já deverão ser abertos ao público, encurtando caminhos diante de uma paisagem escondida por décadas. Na faixa cedida pela Marinha à prefeitura, grades vão separar a área aberta ao público (na borda da Baía) da que continuará sob o comando do I Distrito Naval. O trecho de mar ali perto continuará exclusivo para barcos da Marinha. Mas, no meio do passeio, um deque avançará sobre o mar e passará por baixo da Ponte Arnaldo Luz, que dá acesso à Ilha das Cobras, também militar. E, em todo o caminho, ganharão destaque as próprias edificações históricas da Marinha, como a sede do Comando do I Distrito Naval, o antigo Ministério da Marinha e, do outro lado da orla, os prédios das ilhas das Cobras e das Enxadas.
Fonte - Jornal O Globo
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