CDURP / Divulgação |
Com as obras do túnel
ferroviário sob o Morro da Providência entrando na reta final, a Companhia de
Desenvolvimento Urbano da Região do Porto (Cdurp) começa a escolher, em
outubro, o consórcio que fará a implantação e a operação do Veículo Leve sobre
Trilhos (VLT) da Zona Portuária. Orçado em R$ 1,1 bilhão, o sistema, com seis
linhas e 42 estações, já tem garantidos R$ 582 milhões do governo federal,
através do PAC da Mobilidade. Mas a implantação dos bondes modernos deverá
exigir repasses da prefeitura para cobrir as gratuidades do transporte (idosos
e estudantes) e garantir uma tarifa acessível. Segundo o presidente da Cdurp,
Jorge Arraes, o edital deverá prever que o consórcio que apresentar a maior
fatia de recursos privados, diminuindo a participação da prefeitura, vencerá a
licitação. Ainda de acordo com o presidente da Cdurp, os cálculos sobre o valor
do bilhete do VLT ainda não foram concluídos. Mas a previsão é que ele custe
aproximadamente R$ 3,50, podendo ser usado num prazo de duas horas. A
engenharia financeira prevê ainda que o VLT faça parte do Bilhete Único Carioca
(BUC), podendo operar a integração com trens e metrô. Nesse caso, a arrecadação
do BUC, que hoje custa R$ 3, seria rateada pelos meios de transporte. Para
viabilizar economicamente o projeto, o prazo de concessão, que inicialmente era
de 25 anos, também mudou, passando para 30 anos. A previsão é que o túnel
ferroviário sob a Providência fique pronto em julho do ano que vem. As obras de
recuperação e alargamento da passagem estão sendo feitas pelo consórcio Porto
Novo, responsável pela segunda fase do projeto Porto Maravilha. Esse consórcio
terá que deixar preparada a calha de passagem do VLT nas vias públicas que
estão em obras. O consórcio que vencer a licitação de outubro terá que providenciar
a implantação dos trilhos, comprar os vagões e operar o sistema. Ainda segundo
a Cdurp, duas das seis linhas de VLT deverão ficar prontas em 2014. Uma delas
cortará a Zona Portuária, ligando a Rodoviária Novo Rio à Avenida Presidente
Antônio Carlos, e passando pelas avenidas Rodrigues Alves e Rio Branco. As
demais terão que ser entregues até o primeiro semestre de 2016.
Fonte: Jornal O Globo
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