O Museu do Trem está tentando voltar aos trilhos. Fechado à visitação
desde 2007, quando perdeu parte de seu terreno para a construção do
Engenhão, o equipamento reabriu as portas este mês e já virou um
concorrido ponto de visitação. Nos primeiros 12 dias, 550 pessoas foram
ao Engenho de Dentro ver de perto vagões, maquinários, trilhos e
maquetes que ajudam a contar a memória ferroviária do país. No acervo,
entre as mais de mil peças disponíveis, destacam-se a locomotiva
Baroneza (na grafia antiga, com z), a primeira a trafegar pelo Brasil,
em 1854; e o vagão Imperial, que servia a D. Pedro II. Está lá, também, o
vagão presidencial, que foi usado pelo presidente Getúlio Vargas na
década de 1930. O prédio e o acervo do Museu do Trem foram tombados pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico (Iphan) em 2011, que
inscreveu um projeto de restauração da construção no Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC) das Cidades Históricas. Dentro do museu, há cinco locomotivas e quatro vagões antigos. Alguns
preservam o mobiliário e até objetos de decoração originais. O Carro
Presidencial, por exemplo, é todo revestido de peroba do campo e chama
atenção pelo luxo. Já a locomotiva Baroneza, que recebeu este nome em
homenagem à mulher do Barão de Mauá, Maria Joaquina Machado de Souza, é
uma das preciosidades do acervo. Fabricada em 1852, em Manchester, na
Inglaterra, por William Fairbairn & Sons, foi usada para tracionar a
composição que inaugurou a Estrada de Ferro Mauá, sendo retirada de
circulação após 30 anos de uso. Em perfeito estado de conservação, e
ainda funcionando, ela teve apenas a estrutura dos vagões reformada.
Fonte - Jornal O Globo
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