As favelas do Jacarezinho e de Manguinhos, ocupadas pela
polícia desde domingo passado, vão passar por profundas transformações.
Com improviso, aproveitando paredes do antigo galpão das Indústrias
Plásticas Direne LTDA, abandonado pelos proprietários por causa da
violência no Jacarezinho, a dona de casa Elizabeth Souza Nogueira, de
59 anos, há 15 por lá, conseguiu criar, com o auxílio do marido, cuja
renda mensal é de R$ 900, dois filhos e dois netos no local insalubre,
onde o esgoto escorre ao longo do corredor. Além da inexistência de
saneamento básico, há constante falta de água e luz. O galpão é um dos
81 imóveis, além da Refinaria de Manguinhos, que estão sendo
desapropriados pelo estado para dar lugar a prédios do programa Minha
Casa, Minha Vida, do governo federal. Entre eles está um terreno da
General Eletric. Em volta das novas moradias, haverá ainda a segunda
fase do Programa de Aceleração do Crescimento, com obras de urbanização.As 81 áreas do Jacarezinho receberão 6.020 novas unidades
habitacionais, num investimento de pelo menos R$ 200 milhões. Só no
terreno da General Electric, serão 3.780 moradias. Os demais 80
endereços receberão 2.240 apartamentos. Os imóveis ficarão em
localidades como Viúva Cláudio, Adônis e Miguel Ângelo, todas próximas à
Avenida Dom Hélder Câmara, que marca a divisa com Manguinhos.
Fonte - Jornal O Globo
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